O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central encerra nesta quarta-feira (8) sua quarta reunião do ano, que começou na terça-feira (7). O encontro deve selar outro aumento da taxa básica de juros, a Selic, que atualmente está em 12% ao ano, mas deve subir para, pelo menos, 12,25% ao ano.
A suposta explicação para outra alta é escalada da inflação, que diminuiu o ritmo de aumento no mês passado, mas já ultrapassou a meta imposta pelo governo.
Impactado pela redução dos preços dos combustíveis, sobretudo do álcool, das passagens aéreas e dos itens de vestuário, saúde e cuidados pessoais, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), indicador oficial do governo para medir os preços, ficou em 0,47% em maio – patamar bem inferior aos 0,77% de abril.
Apesar da desaceleração, em maio, o IPCA ficou em 6,55% nos últimos 12 meses, pouco acima dos 6,51% vistos em abril. Com esse resultado, a inflação deixa ainda mais para trás a meta estabelecida pelo Banco Central – de 4,5%, com limite de variação de 2,5% a 6,5%.
O aumento dos juros é sempre prejudicial ao consumidor, independentemente do grau da elevação da taxa básica. Da mesma forma que ocorreu nas últimas elevações da Selic, as taxas médias de empréstimo pessoal e cheque especial devem subir ainda mais com um possível aumento dos juros.
A indústria, o comércio e as centrais sindicais sempre criticam o aumento dos juros, que pode impactar e reduzir o nível de investimento das empresas. Por sua vez, os empregos podem ser afetados, já que a indústria deixa de contratar novos profissionais porque estará pagando, teoricamente, juros maiores.
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