A Petrobrás Biocombustível vai investir mais de R$ 900 milhões no Pará até 2018
para produzir cerca de 450 mil toneladas de biodiesel e óleo de palma. Cerca de
150 toneladas vão abastecer o mercado da região Norte com o combustível, outras
300 mil toneladas serão exportadas para Portugal, onde a empresa vai produzir o
‘greendiesel’, para abastecer a península Ibérica.
O cultivo de dendê já começou e vai crescer nos próximos anos com a ajuda dos
produtores da agricultura familiar. Serão mais de sete mil postos de trabalho
gerados e 70 mil hectares de terras plantadas com a palmeira que produz o dendê.
‘O ‘Projeto Pará’ produz combustível para toda a região e inclui uma fábrica de
óleo que será exportado para a Europa’, explicou Miguel Rossetto, diretor
presidente da Petrobras Biocombustível.
Rossetto, juntamente com o diretor operacional da Petrobras Biocombustivel,
Jânio da Rosa, em reunião com o governador Simão Jatene, garantiu que a empresa
pretende implantar o projeto com toda a transparência e segurança ambiental e
social. ‘Estamos reunindo e integrando as comunidades que vão trabalhar com o
plantio do dendê’, afirmou o executivo.
Através de linhas de crédito e financiamento exclusivo, os pequenos, médios e
grandes produtores poderão esperar o tempo necessário para a palmeira dar as
primeiras safras. Principalmente o agricultor familiar será beneficiado, disse
Rossetto.
O governador Simão Jatene se disse satisfeito com o projeto, principalmente,
porque ele foi responsável, ainda em seu primeiro mandato, por uma experiência
pioneira com agricultores familiares do município de Moju. ‘É muito bom ver que
uma idéia que a gente quis desenvolver agora está pegando musculatura e
crescendo’, afirmou o governador.
O Projeto Pará será instalado nos municípios de Baião, Mocajuba, Igarapé
Mirim e Cametá. O Projeto Belém já começa a funcionar em Tailândia e Tomé Açu,
mas deve se expandir para outros municípios, de acordo com Miguel Rossetto.
Plantio – Estudo do Ministério da Agricultura aponta que 125 municípios
paraenses têm condições propícias para o plantio de palma (dendê). A informação
consta no zoneamento agrícola publicado na segunda-feira no Diário Oficial da
União. O Estado é o recordista em áreas favoráveis para a cultura. De acordo com
o levantamento, a Bahia apresenta 91 municípios aptos para o plantio; Rondônia,
51 municípios; Acre, 22 municípios; e Roraima, 13 municípios.
Os elementos climáticos que mais afetam a produção do dendezeiro são a
temperatura do ar, a insolação e as chuvas. A seca, associada a baixas
temperaturas, e a má distribuição das chuvas são prejudiciais ao desenvolvimento
e à produtividade da cultura. Para evitar perdas, o zoneamento identifica os
municípios aptos e os períodos de plantio para o cultivo em condições de baixo
risco climático. Segundo o estudo do Ministério da Agricultura, a temperatura
média anual ideal para o cultivo do dendezeiro varia entre 25ºC e 28ºC.
O zoneamento agrícola de risco climático, instituído em 1996, orienta os
agricultores, agentes financeiros e seguradoras sobre a melhor época de plantio
e a tecnologia a ser adotada na condução das lavouras. O objetivo é evitar que
eventuais adversidades climáticas atinjam as lavouras nas fases mais
sensíveis.
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