Neste ano, somente quatro ministérios desembolsaram pequenos valores para o PAC. O Ministério da Integração Nacional foi o que mais aplicou. Mas o valor foi de somente R$ 5,1 milhões, até 21 de março. Logo após vem o Ministério de Minas e Energia com R$ 1,3 milhão.
O Ministério das Cidades dono do maior orçamento previsto para o PAC, R$ 17,2 bilhões só utilizou 0,9% do valor autorizado. Já o Ministério do Transporte, que possui o segundo maior orçamento com R$ 15,3 bilhões, só desembolsou até agora R$ 25,5 mil, mas de contas pendentes pagou R$ 2,5 bilhões.
Para o especialista em contas públicas Evilásio Salvador, a lentidão dos desembolsos do PAC se dá ao início da nova gestão. “Houve muitas mudanças no novo governo, principalmente em ministérios, por isso essa demora dos gastos tem sentido”, explica.
Sobre o grande aumento das dívidas acumuladas no governo Lula, Salvador afirma que é preciso transformar o orçamento em plurianual (de dois em dois anos). “Seria interessante, pois as despesas com investimentos envolvem licitações, o que é bastante complicado e quase sempre acabam em processos judiciais”, analisa.
O governo havia empenhado (reservado em orçamento), até o dia 21, R$ 863,5 milhões dos R$ 40,1 bilhões de gastos autorizados no PAC em 2011. Os investimentos em geral foram o principal alvo do aperto nas contas públicas neste início de governo.
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