Em entrevista à revista Carta Capital, Walmir Ortgea disse que deixou a Sema para não fazer parte do esquema. Walmir Ortega, demitido em maio de 2009, diz que a corrupção na Sema é crônica, porque a maior parte dos produtores na Amazônia age de forma ilegal para benefício próprio. "No Pará, especula-se que gere em torno de R$ 3 bilhões ilegalmente, por ano. Quem movimenta isso tem um altíssimo poder de corrupção".
Ele denuncia que no governo de Ana Júlia Carepa pediu demissão do cargo porque percebeu "afrouxamento das tensões, com troca de favores", em decorrência da proximidade da eleição, enfatizando que preferiu sair porque "não estava interessado em participar" do esquema. Ortega foi substituído por Anibal Picanço, um dos investigados pela Polícia federal por envolvimento em corrupçãp no órgão.
Quando era secretário, Ortega, em dois anos e meio, liberou pouco mais de 100 mil metros cúbicos de madeira. Picanço, ao assumir o cargo em junho de 2009, em apenas um mês autorizou a exploração de 544 mil metros cúbicos.
Diário do Pará - Sexta-feira, Belém - PA, 18/03/2011.
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