A equipe econômica vai contar com um reforço de caixa de, pelo menos, R$ 16,3 bilhões decorrente de aumentos de tributos para cumprir sua meta fiscal de 2011.
A maior parte é fruto de medidas para desacelerar a inflação e conter a entrada de dólares no país, o que teve até agora efeito limitado. O valor representa 13,8% dos R$ 117,9 bilhões que o governo se comprometeu a economizar para pagar juros da dívida pública (o chamado superávit primário) este ano.
Além de elevar a carga tributária de bebidas frias, o que resultará num ganho de R$ 948 milhões para o Tesouro, o governo vem subindo o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) - somente este ano já foram quatro aumentos - para tentar conter o consumo e o derretimento do dólar.
Segundo dados da Receita Federal, a alta do IOF para as compras com cartão de crédito de pessoas físicas no exterior, por exemplo, deve dar uma arrecadação adicional de R$ 802 milhões.
Já o IOF mais alto para investimentos estrangeiros em renda fixa renderá R$ 4,5 bilhões. A ação mais recente da equipe econômica - subir o imposto para operações de crédito de pessoas físicas - deve render R$ 10 bilhões em 2011, segundo cálculos do economista Felipe Salto, da consultoria Tendências:
- O governo está unindo o útil ao agradável. As mudanças são ainda uma forma de garantir o cumprimento da meta de superávit primário cheia em 2011 e uma tentativa de mostrar austeridade no mercado.
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