Na Amazônia Legal, 299 km² de florestas foram degradados em março deste ano, um aumento de 35% em comparação com o mesmo período de 2010, quando a área atingida foi de 220 km². Os dados, do SAD (Sistema de Alerta de Desmatamento), constam no último boletim do Instituto Imazon.
Segundo o instituto, Mato Grosso foi responsável por 73% da degradação, seguido por Rondônia, com 23%. Degradação florestal significa que a floresta foi cortada parcialmente ou sofreu queimada, mas não foi totalmente derrubada.
Os dados confirmam o alerta feito pelo Deter, sistema de satélites do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) que detecta a ocorrência de corte raso, ou seja, desmatamento total de uma área, na Amazônia Legal.
Em janeiro e fevereiro deste ano, o Deter apontou 19,2 km² de áreas desmatadas. Mato Grosso apareceu como o Estado que mais desmatou, com 14,4 km², seguido pelo Maranhão, com 4,3 km².
Perfil. O diretor de desmatamento do Ministério do Meio Ambiente, Mauro Pires, confirma que houve um pico fora da curva e diz que agora a maior preocupação é em relação à mudança do perfil do desmate. Nos últimos cinco anos, o desmatamento ocorreu em polígonos que variavam de 20 a 80 hectares. Hoje é comum encontrar áreas desmatadas com mais de mil hectares.
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