quinta-feira, 5 de maio de 2011

Execução orçamentária do Ministério do Esporte está abaixo do realizado em 2010

Assuntos como queda do dólar e aumento da inflação dominam, entre outros, o noticiário econômico nacional. Mas, ao  final do primeiro quadrimestre do governo da presidente Dilma Rousseff é inevitável a comparação do desempenho do Orçamento da União, comparativamente ao mesmo período do ano passado, último de Luiz Inácio Lula da Silva.
        
A avaliação, neste caso, é específica à área do esporte, considerando a proximidade das grandes competições internacionais, a partir dos Jogos Mundiais Militares, em setembro, Copa das Confederações, em 2013, Mundial de Futebol, em 2014 e Olimpíada e Paraolimpíada, em 2016. De quebra, tem a participação brasileira nos Jogos Pan-Amerianos de Guadalajara, México, em outubro, com atletas olímpicos e paraolímpicos. 
        
Pois apesar dessa farta agenda de megaeventos, o desempenho orçamentário do Ministério do Esporte está aquém do registrado entre janeiro e abril de 2010.
        
Conforme dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) – órgão do governo federal –, o Ministério do Esporte dispõe de R$ 2,5 bilhões para este exercício. No entanto, aplicou apenas R$ 177,9 milhões, contra R$ 188,4, registrados entre janeiro e abril de 2010.
        
A diferença é pequena, em torno de R$ 10 milhões a menos, mas deve-se considerar que a pasta do ministro Orlando Silva conta, agora, com um orçamento mais robusto que o anterior, quase R$ 1 bilhão a mais para seus diferentes programas.
Em números redondos, os valores são os seguintes: Orçamento do Ministério do Esporte em 2010: R$ 1.618.311.741,00; em 2011: R$ 2.553.944.115,00.
        
Na ponta do lápis e para que melhor se entenda a comparação, nos primeiros quatro meses de 2010 o Ministério já havia aplicado 11,64% de seu orçamento; este ano, apenas 6,97% no mesmo período.
        
Outra análise interessante que mostra como está acanhada a execução orçamentária do Ministério do Esporte está nas contas de “Restos a pagar”, que são as despesas de anos anteriores honradas este ano.
        
Segundo o Siafi, dos R$ 117,9 milhões gastos pelo Ministério este ano, R$ 111,5 milhões referem-se a despesas de anos passados, isto é, foram gastos com “restos a pagar”. Com isso, temos a seguinte realidade: a pasta do Esporte aplicou apenas R$ 66,5 milhões em projetos e programas específicos de 2011. Muito pouco, se considerado os R$ 2,5 bilhões disponíveis no orçamento.
        
Nas despesas correntes do Ministério, quem mais consumiu recursos nestes primeiros quatros meses do ano foi o programa Segundo Tempo, R$ 6,1 milhões, destinados a uma empresa fornecedora de material esportivo, usado pela garotada, Brasil afora.



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