As taxas cobradas pelos bancos ao consumidor para o cheque especial subiram 2,44% em abril e chegaram a 7,97% ao mês (150,98% ao ano), ante a taxa observada em março de 7,78% ao mês (145,73% ao ano), de acordo com pesquisa realizada nesta terça-feira (10) pela Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).
De acordo com a entidade, o patamar é o maior desde novembro de 2008, quando a taxa era de 8,02% ao mês (152,38% ao ano).
Na avaliação da Anefac, o aumento refletiu o comportamento dos juros para as demais operação de crédito no mês, cuja média subiu pela terceira vez em 2011.
Segundo a entidade, a taxa de juros média geral para pessoa física subiu 0,03 ponto percentual no mês, de 6,78% ao mês (119,72% ao ano) em março para 6,81% ao mês (120,47% ao ano) em abril. "É a maior taxa de juros desde janeiro de 2011", diz a Anefac.
Na pesquisa, a Anefac considera taxa do comércio, do cartão de crédito, cheque especial, financiamento de automóveis e empréstimo pessoal de bancos e financeiras.
Para o coordenador do trabalho e vice-presidente da entidade, Miguel José Ribeiro de Oliviera, estas elevações podem ser atribuídas às medidas que vêem sendo implementadas pelo Banco Central para frear o consumo interno e reduzir a inflação, como a elevação dos depósitos compulsórios para os bancos no ano passado e o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) tanto nas captações externas quanto nas operações de crédito.
Cartão de crédito e automóveisA taxa média cobrada pelas operadoras de cartão se manteve inalterada em 10,69% ao mês (238,30% ao ano). Também ficou estável em abril a taxa de financiamento de automóveis, em 2,39% ao mês.
EmpresasO crédito ficou mais caro também para as empresas. Em abril, a taxa de juros média geral para pessoa jurídica apresentou uma elevação de 0,04 ponto percentual no mês, e passou de 3,92% para 3,96% ao mês. Conforme a Anefac, é a maior taxa de juros média desde agosto de 2009.
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