A reunião realizada na manhã de ontem, no Ministério Público Estadual (MPE), com o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Estado do Pará (Sindicombustíveis), resultou na promessa do promotor de Justiça de Defesa do Consumidor, Marco Aurélio Nascimento, de investigar possíveis abusos no aumento do preço do combustível no Pará.
Segundo o presidente do Sindicombustíveis, Alírio Gonçalves, os reajustes são ocasionados pelo aumento do preço do álcool anidro, que é repassado pelas distribuidoras. “De janeiro para cá, o combustível já aumentou 20% para o consumidor por causa do aumento repassado pelas distribuidoras aos postos. O que elas alegam (distribuidoras) é que o álcool anidro repassado pelas usinas às distribuidoras já aumentou 117%”.
Para tentar coibir o aumento do produto na capital, o sindicato apresentou ao MPE os dados de reajustes repassados aos donos de postos nos últimos meses. “Queremos que se tome uma providência sobre o aumento”.
Diante das informações repassadas pelo sindicato, o promotor Marco Aurélio resolveu investigar os possíveis abusos que podem estar acontecendo no setor. “Vamos solicitar para as distribuidoras as notas fiscais das compras de gasolina e etanol e juntá-las com a pesquisa realizada semanalmente pela Agência Nacional do Petróleo, que identifica a venda no posto. Através da análise contábil dessas informações, vamos saber se há um abuso que possa ser questionado judicialmente”.
Alírio afirma que ainda há a possibilidade de aumento no combustível ainda nesta semana por outros motivos. “O governo federal já disse que vai aumentar a gasolina por conta das importações, então, a qualquer momento pode haver novos aumentos”.
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